Valores Organizacionais para qualidade
Desde 1993, temos trabalhado com o método DCVO, que permite identificar o perfil dos valores individuais, bem como os valores culturais da organização na ótica das pessoas que a integram, em organizações do setor público e em empresas do setor privado, das áreas financeira e industrial. Entre as quatro áreas pesquisadas (trabalho, relações poder e cognitivo) centraremos nosso foco na do trabalho, entendida como o conjunto de valores organizacionais que orientam a aplicação de energia nas tarefas e atividades produtivas. Essa área engloba a disposição para o esforço, entendido como o grau de mobilização de energia com aquilo que se faz; o tempo, voltado ao grau de agilidade e rapidez em fazer algo e cumprir prazos; terminar tarefas, associado ao investimento de energia para a finalização daquilo que se iniciou e vinculado ao grau de persistência; e qualidade, conceituada como a disposição e interesse em realizar um bom trabalho e obter melhorias constantes. Os resultados encontrados revelam que qualidade é o valor individual que tem a maior preferência entre as quatro dimensões. É conveniente salientar aqui que o conceito de qualidade tem conotações bastante pessoais e subjetivas, que variam de pessoas para pessoa e de grupo para grupo. Constatamos, no entanto, que a atitude individual na busca da qualidade não tem como consequência direta um produto ou serviço de qualidade na ótica do cliente e do mercado. A dimensão qualidade aparece também no primeiro lugar, na escala de valores que as pessoas gostariam de encontrar na organização à qual pertencem, representando também o anseio de que a organização ofereça condições para a realização das suas aspirações e de reconhecimento pelo trabalho desempenhado com qualidade. Inferimos que o desafio das organizações, nessa área, é transformar a atitude individual voltada para a qualidade no empenho coletivo direcionado para o alcance de padrões de qualidade reconhecidos pelo cliente e pelo mercado. Esses primeiros resultados, derivados de referenciais metodológicos e conceituais e pesquisa de campo, apesar de não serem definitivos, se prestam a identificar as prioridades das ações e o direcionamento dos processos de mudanças das organizações brasileiras, para atingir os padrões de qualidade.
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